O senador Jorge Viana (PT)- tem razão de estar exultante com a aprovação pelo Senado do fim do financiamento empresarial de campanha, porque sempre lutou pela mudança na legislação eleitoral. Sua frase de que nenhum empresário financia político sem pensar no retorno é perfeita. Não acabará com a corrupção eleitoral, haverá sempre o caixa dois na campanha (por onde sai o grosso da corrupção), mas servirá para inibir que aconteçam novosPetrolões. Outro ponto importante da sua luta, aprovado, é o fim das coligações proporcionais e a regulação na ocupação do tempo no horário eleitoral, este último, a moeda de troca os partidos nanicos, um verdadeiro balcão de negócios. As coligações proporcionais ensejavam em todas as eleições as negociatas. Pela nova legislação do Senado, cada partido nanico para sobreviver terá de ter chapa própria. O partido valerá pelo número de votos conquistados individualmente e não pelos votos da coligação. Mas se tudo isso não vigorar na próxima eleição, então, será uma vitória de Pirro. Eu estou entre os descrentes que isso passe a valer na próxima eleição. Da classe política eu espero muito pouco.