O deputado federal voltou a se orgulhar das sanções impostas ao Brasil pela Casa Branca

Eduardo Bolsonaro ameaça senadores que vão aos EUA negociar tarifas de Trump.Créditos: Reprodução de vídeo / Rede X
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está licenciado do cargo e vivendo nos Estados Unidos, usou as redes sociais para ameaçar a comitiva de senadores que irá ao país negociar com o governo norte-americano a retirada ou o adiamento das tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.
Foram designados oito senadores para a missão nos Estados Unidos, com o objetivo de se encontrarem com congressistas norte-americanos e articular a retirada da tarifa. São eles:
Senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP)
Senador Jaques Wagner (PT-BA)
Senador Esperidião Amin (PP-SC)
Senador Rogério Carvalho (PT-SE)
Senador Fernando Farias (MDB-AL)
Senador Carlos Viana (Podemos-MG)
Ao tomar conhecimento da comitiva, Eduardo Bolsonaro afirmou que a viagem será inútil e que as tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros serão mantidas.
"Essa iniciativa me parece seguir o padrão de sempre: políticos que visam adiar o enfrentamento dos problemas reais, vendendo a falsa ideia de uma 'vitória diplomática' enquanto ignoram o cerne da questão institucional brasileira", escreveu Eduardo Bolsonaro.
Em seguida, o deputado afirmou que a viagem dos senadores é "um gesto de desrespeito à clareza da carta do presidente Trump, que foi explícito ao apontar os caminhos que o Brasil deve percorrer internamente para restaurar a normalidade democrática. Buscar interlocução sem que o país tenha feito sequer o gesto mínimo de retomar suas liberdades fundamentais — como garantir liberdade de expressão e cessar perseguições políticas — é vazio de legitimidade. O constrangimento se agrava com a presença de senadores ligados ao partido de Lula, político que sistematicamente adota posturas hostis aos EUA."
Ele concluiu: "Reafirmo que não tenho qualquer vínculo com essa iniciativa parlamentar, fadada ao fracasso. Mas confesso até simpatizar com a ideia de que venham: não por acreditar que terão sucesso, mas porque poderão constatar que aquilo que eu e Paulo Figueiredo temos dito — não há sequer início de discussão sem anistia ampla, geral e irrestrita!"
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