CPMI do INSS: Alcolumbre define Aziz como presidente, dizem líderes

Por Augusto Tenório, Metrópoles

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), escolheu o senador Omar Aziz (PSD-AM) para a presidência da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A definição ocorreu em diálogo com lideranças do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas também já foi informada à oposição. O Metrópoles confirmou a definição com interlocutores de ambos os espectros. No entanto, a assessoria de Alcolumbre afirmou que ele ainda não definiu os nomes da presidência ou relatoria da CPMI.

O escândalo do INSS foi revelado pelo Metrópoles em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023. Três meses depois, o portal mostrou que a arrecadação das entidades com descontos de mensalidade de aposentados havia disparado, chegando a R$ 2 bilhões em um ano, enquanto as associações respondiam a milhares de processos por fraude nas filiações de segurados.

As reportagens do Metrópoles levaram à abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) e abasteceram as apurações da Controladoria-Geral da União (CGU). Ao todo, 38 matérias do portal foram listadas pela PF na representação que deu origem à Operação Sem Desconto, deflagrada no dia 23/4 e que culminou nas demissões do presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.
A expectativa da oposição, agora, é emplacar um nome crítico ao governo Lula na relatoria. Seria uma reedição do modelo da CPMI do 8 de Janeiro, realizada em 2023. Na ocasião, a presidência do colegiado ficou com o deputado Arthur Maia (União-BA), de centro-direita, e a relatoria ficou com a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), de centro-esquerda.

Omar Aziz é o atual líder do PSD, maior bancada do Senado junto com o PL. Em 2021, ele presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito sobre ações e omissões do governo Jair Bolsonaro na pandemia de Covid-19. Atualmente, é cotado para concorrer ao governo do Amazonas em 2026, estado que já governou. Sua escolha como relator ainda será oficializada.
Por Leandro Mathaus
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