O deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) disse durante audiência pública na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (7) que o então presidente Jair Bolsonaro abandonou as rodovias federais do Acre, sobretudo a BR-364, que passou vários períodos sem a devida manutenção por falta de recursos.
“Foi no governo Bolsonaro que se deu a maior apunhalada nas costas da BR364 e da BR-317, porque não se colocou dinheiro para a manutenção. Não teve dinheiro para a manutenção. Imagina o que é um monte de empresa com contrato e sem dinheiro em pleno verão. Agora, você bota a BR três invernos sem manutenção, você destrói. Aí, o solo entrou em falência. Só que enquanto não reconstruir com macadame, a gente tem que passar por cima dele”, disse o parlamentar.
Edvaldo Magalhães afirmou ainda que mesmo se tivesse todo o dinheiro para se fazer a obra em macadame, isso levaria tempo. Nesse sentido, é preciso manter a trafegabilidade da rodovia. O deputado disse também que a BR-364 é a estrada da cidadania.
“Se tivesse todo o dinheiro para fazer todo de macadame, não faria em dois anos. Não faria porque não tem infra para fazer. Nem pedra para fazer em dois anos tem, nem caminhão para carregar essas pedras tem. Então, opa, peraí. Outra verdade que precisa ser dita: a reconstrução desse trecho não será feita em dois anos, em três anos. O Ricardo é muito otimista, está falando em quatro anos. Eu espero que a gente consiga. Agora, só que nestes quatro anos temos que andar pela estrada. Foi a estrada que trouxe liberdade econômica. A estrada é a nossa vida, é a nossa economia, é a nossa liberdade. Então, todo ano vai ter que ter dinheiro para tapar esses buracos no verão e o inverno vai destapá-los. Eu desafio se tem outra solução que não seja essa”, frisou.
Edvaldo destacou que a decisão do presidente Lula, em seus primeiros governos, foi crucial para que a BR-364 pudesse integrar o Vale do Juruá ao Vale do Acre, ao optar pela cidadania e não pelo viés econômico.
“Essa BR-364 só avançou mais por conta do conceito: que era uma estrada para a cidadania, não era só para a economia. Foi por isso, que lá atrás, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva numa reunião com as presenças de Jorge Viana e Binho Marques, que foram discutir as pontes e o ministro dos Transportes se negava a fazê-las, o presidente disse: aquela estrada, aquele povo merece ponte que preste, e mandou fazer as pontes estaiadas. Foi uma decisão pela cidadania”.
(assessoria)