Rodrigo Damasceno se diz perseguido por Marilete e Marlino Vitorino
Enquanto nos outros municípios há dificuldade para se contratar médicos dispostos a trabalhar no serviço público, em Tarauacá a prefeitura dispensa o serviço de quem quer atender a comunidade. É o que reclama o ginecologista obstetra Rodrigo Damasceno.
No posto Padre Humbert, o médico Rodrigo atendia cerca de cem pessoas todos os dias, até 21h. Mas uma medida da prefeita do Município, Marilete Vitorino, obriga o fechamento da unidade às 17h, o que reduziu para trinta o número de atendimentos.
O pior é que quando chega no horário estabelecido todas as pessoas que estão dentro do posto agudando connsulta, são obrigados a sair, até mesmo os funcionários. “A prefeita manda fechar a porta e expulsa quem está dentro do posto”, protesta o médico.
Também na maternidade do estado onde trabalha, o ginecologista obstetra é proibido de fazer outro atendimento que não seja parto. “As vezes, as mulheres ou quem vai ao hospital quer uma consulta, mas não posso fazer. Antes podia, mas me proibiram".
A unidade é gerenciada por Marlino Vitorino, irmão da prefeita, que de acordo com doutor Rodrigo, também o persegue. "Ele é autoritário, se sente ameaçado e faz o jogo da irmã prefeita. Já até tentou me transferir para Cruzeiro do Sul".
O médico reclama de perseguição política. “Eles pensam que sou candidato, por isso me proíbem de fazer o atendimento. Mas nem filiado a partido eu sou. Isso é uma ditadura e começou desde o dia em que questionei algumas coisas”, afirma.
Por conta das limitações impostas aos seus serviços, o médico passou a atender nas residências e até em seu carro. Ele garante que tudo é só amor à profissão, que não tem nada a ver com política partidária.
Tentamos o contanto com a prefeita do município Marilete Vitorino e com o irmão dela, mas eles não foram encontrados para falar sobre o assunto. A prefeita não atendeu o telefone.
por Luciano Tavares da Agência Contil Net