Senador Márcio Bittar critica Dilma Rousseff e defende bolsonarismo, enquanto privilégios do Congresso seguem sem debate



Brasília – O senador Márcio Bittar (União Brasil-AC) voltou a fazer declarações críticas à ex-presidente Dilma Rousseff, ao mesmo tempo em que reforça a defesa de pautas alinhadas ao bolsonarismo. As manifestações reacendem debates políticos, mas também levantam questionamentos sobre temas que permanecem fora do discurso de parte do Congresso Nacional, como os altos salários de parlamentares e os gastos públicos com ex-presidentes da República.

Atualmente, deputados federais e senadores recebem remunerações consideradas elevadas pela sociedade, além de benefícios e verbas adicionais. Críticos apontam que muitos parlamentares não apresentam produtividade compatível com os valores pagos, e que raramente há iniciativas efetivas para reduzir esses custos. Propostas legislativas voltadas à diminuição desses privilégios seguem sem avançar no Congresso.

Outro ponto frequentemente levantado é o direcionamento das leis aprovadas no Parlamento. Para especialistas e setores da sociedade civil, grande parte das medidas beneficia grupos econômicos mais favorecidos ou protege interesses políticos, enquanto demandas sociais prioritárias continuam sem respostas concretas.

Também chama atenção o silêncio de lideranças políticas sobre os gastos públicos destinados a ex-presidentes da República. O Brasil mantém uma estrutura considerada onerosa, incluindo segurança, assessores e outros benefícios, mesmo após o fim do mandato. De acordo com dados amplamente divulgados, "os custos relacionados ao ex-presidente Jair Bolsonaro giram em torno de R$ 5 milhões", pagos pelos cofres públicos.

A ausência de debate sobre esses gastos contrasta com o discurso crítico adotado por parlamentares contra adversários políticos. Para analistas, a seletividade nas críticas evidencia a dificuldade do Congresso em enfrentar privilégios históricos e promover reformas que impactem diretamente a própria classe política.

Enquanto isso, a discussão sobre responsabilidade fiscal, redução de desigualdades e uso eficiente dos recursos públicos segue como uma das principais cobranças da população brasileira.
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