Ibovespa acumula sete altas consecutivas e se aproxima dos 149 mil pontos

Lula, bolsa de valores e dólares (Foto: Julia Prado/MS | ABR)
247 – Em mais um dia de otimismo no mercado financeiro, a bolsa de valores brasileira encerrou a quinta-feira (30) em novo recorde histórico, impulsionada por sinais de recuperação econômica sob o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O índice Ibovespa, principal indicador da B3, fechou o dia em 148.780 pontos, com leve alta de 0,1%, acumulando avanço de 3,23% nos últimos sete pregões.
De acordo com informações da Agência Brasil e da Reuters, o desempenho positivo foi sustentado por fatores internos e externos. No Brasil, o mercado reagiu aos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que apontaram a criação de 213 mil postos formais de trabalho em setembro — resultado acima do esperado pelos investidores.
Mercado de trabalho impulsiona otimismo
Embora o ritmo de abertura de vagas tenha caído 15,6% em relação a setembro do ano passado, o saldo positivo reforçou a percepção de que o país mantém trajetória de crescimento sustentado. O dado contribui para o fortalecimento da confiança na política econômica do governo, em especial nas medidas de estímulo ao investimento e geração de emprego.
Após a divulgação do Caged, o Ibovespa chegou a superar os 149 mil pontos, mas perdeu parte dos ganhos ao longo do dia. Mesmo assim, o movimento confirma uma sequência inédita de sete altas consecutivas, refletindo o bom humor dos investidores com o cenário doméstico.
Pressão externa e dólar em alta
Enquanto a bolsa brasileira renovava recordes, o dólar registrou alta pela primeira vez após três quedas consecutivas, encerrando o dia vendido a R$ 5,38 — avanço de 0,42%. No mês, a moeda norte-americana acumula valorização de 1,09%, mas ainda registra queda de 12,95% no acumulado de 2025.
No cenário internacional, o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, trouxe cautela aos mercados. Após o banco central dos Estados Unidos reduzir a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, Powell indicou que ainda não há confirmação de novo corte em dezembro. A incerteza reforçou a busca por ativos considerados mais seguros e provocou valorização do dólar em diversas economias emergentes.
Encontro entre Trump e Xi e acordo sobre terras raras
A reunião entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da China, Xi Jinping, também movimentou os mercados. O encontro terminou com o anúncio de um acordo estratégico sobre terras raras — elementos essenciais na produção de tecnologias avançadas —, sinalizando uma trégua parcial na disputa comercial entre as duas potências.
Expectativa sobre a Selic
Apesar dos indicadores positivos, parte do mercado avalia que o aquecimento do mercado de trabalho pode adiar o início do ciclo de cortes na Taxa Selic pelo Banco Central. Juros mais altos tendem a reduzir o apetite por ativos de risco, como ações, e favorecer aplicações em renda fixa.
Mesmo assim, analistas destacam que a consistência dos dados econômicos e a condução responsável da política fiscal pelo governo Lula continuam sustentando a confiança dos investidores. O cenário, por ora, mantém o Brasil entre os destaques positivos dos mercados emergentes.
Fonte: brasil247.com