Tarcísio escala "araponga" para espionar ataques coordenados de Eduardo Bolsonaro junto a Trump


Figura central do ex-governo Bolsonaro tem circulado pelos EUA e atuado como uma espécie de espião de luxo de Tarcísio junto à Casa Branca para tentar minimizar narrativa de Eduardo, que busca se viabilizar como candidato a presidente junto a Trump.

Tarcísio Gomes de Freitas e Eduardo Bolsonaro.Créditos: Reprodução de vídeo / Rede X

Em meio aos chiliques de Silas Malafaia, que classificou como "desculpa" a internação para não comparecer ao ato pró-Bolsonaro na Avenida Paulista neste domingo (3), o governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), de São Paulo, escalou um "araponga" de luxo para espionar Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos EUA e as articulações com Donald Trump.

Neste domingo, o guru de Jair Bolsonaro (PL) fez um ataque direto a Tarcísio dizendo que "ele não foi fazer nenhuma cirurgia, ele foi fazer um exame", sobre a justificativa do governador paulista para não ir ao ato. O Palácio dos Bandeirantes informou que Tarcísio se internou para fazer um procedimento médico na tireoide, chamada de radioablação por ultrassonografia.

Com o procedimento, o ex-ministro evitou se expor para a base mais radical do bolsonarismo, que vem sendo incitada por Eduardo a atacar o governador.

No entanto, segundo informações de Malu Gaspar, no jornal O Globo, Tarcísio teria escalado o ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto para espionar o conluio de Eduardo na Casa Branca.

Atual vice-chairman e chefe global de políticas públicas do Nubank, Campos Neto estaria "circulando" nos EUA e mantido conversas com o enviado especial dos EUA para a América Latina, Mauricio Claver-Carone, que estaria servindo como interlocutor de Tarcísio junto a Trump.

Claver-Carone e Campos Neto se aproximaram quando o estadunidense presidia o Banco Interamericano de Desenvolvimento, por indicação de Trump, enquanto o bolsonarista comandava o Banco Central.

Campos Neto já teria levantando informações que Eduardo busca fazer uma "fritura alta" de Tarcísio junto a Trump para inviabilizar uma pretensa candidatura ao Planalto do governador paulista, que tenta manter o flerte com a chamada Terceira Via.

Segundo a jornalista d'O Globo, senadores que estiveram na comitiva que viajou aos EUA na última semana e um deputado afirmaram que Tarcísio está com a imagem queimada e é visto por Trump como "traidor" de Bolsonaro.

Nas conversas com Trump, Eduardo estaria atrelando a imagem de Tarcísio ao do governador da Flórida, Ron DeSantis, que surfou na onda da ultradireita dos EUA e traiu Trump ao se lançar como adversário do atual presidente nas primárias dos Republicanos.

Eduardo ainda estaria apontando a Trump o discurso dúbio de Tarcísio, que evita críticas diretas ao presidente dos EUA, mas articula junto a classe empresarial e industrial paulista uma forma de minimizar os impactos do tarifaço sem defender a anistia ao Bolsonaro - situação central que vem sendo trabalhada pelo filho do ex-presidente brasileiro.

Eduardo tem como aliado na empreitada Steve Bannon, guru d'O Movimento, a internacional neofascista, que se reaproximou de Trump após o afastamento de Elon Musk.

Por revistaforum.com.br
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