
Durante participação na segunda temporada do podcast Vem Comigo, apresentado pelo jornalista Rodrigo Farias nesta quarta-feira, 30, o ex-prefeito de Rio Branco e presidente da Executiva Municipal do MDB, Marcus Alexandre, foi categórico ao afirmar que não há possibilidade de diálogo com o prefeito Tião Bocalom (PP) em relação às eleições de 2026.
“Infelizmente, não vou participar da conversa. Não tem ambiente para diálogo com ele. E olha que eu sou o cara da paz”, disse Marcus Alexandre ao justificar seu posicionamento com base no tratamento recebido durante a última campanha eleitoral. O ex-gestor, contudo, afirmou que o partido segue aberto a conversas com outras lideranças.
Segundo ele, o MDB adotou como estratégia dialogar com todos os pré-candidatos que procurarem o partido. “Já conversamos com o Alan Rick e com a vice-governadora Mailza Assis. O MDB vai ouvir, analisar propostas e decidir em convenção, de forma coletiva e democrática. O partido não tem dono”, afirmou, elogiando a condução do processo pelo presidente estadual da legenda, Vagner Sales.

Marcus destacou que não será candidato a cargo majoritário em 2026, mas adiantou que será candidato a deputado estadual ou federal. “Essa decisão eu vou tomar no segundo semestre. Depende da conjuntura, da estrutura, do fundo partidário e das condições de disputa”, explicou, ressaltando sua disposição em continuar contribuindo com a política acreana. “Conheço o Acre de ponta a ponta, todos os municípios, rios, ramais, e principalmente Rio Branco. Estou pronto para colaborar.”
Ao recordar sua trajetória política, Marcus Alexandre mencionou sua candidatura ao governo do Estado em 2018, quando obteve 144 mil votos (quase 36% do eleitorado) e ficou a apenas 12 mil votos de levar a disputa ao segundo turno. “Tenho gratidão a cada voto e fico feliz que meu nome ainda seja lembrado.”
Sobre o posicionamento do MDB em um eventual segundo turno entre Alan Rick e Bocalom, Marcus Alexandre voltou a ser direto: “Se for Bocalom, o MDB pode até conversar, mas eu declino do convite.” Com tom firme, mas conciliador, o ex-prefeito reiterou que o partido manterá o diálogo com todos os que demonstrarem respeito e interesse legítimo. “Respeito é mínimo. E isso eu não vejo no prefeito atual”, finalizou.
Por noticiasdahora.com