Em Pequim, presidente da Apex Brasil ressalta, ao 247, relevância econômica de projetos de integração da América do Sul, com forte apoio da China
12 de maio de 2025, 01:08 hAtualizado em 12 de maio de 2025, 08:00 h

Jorge Viana - 12/05/2025 (Foto: Guilherme Paladino/Brasil 247)
247 - O presidente da Apex Brasil, Jorge Viana, deu uma prévia de um anúncio bilionário de investimentos de empresas chinesas no Brasil, de mais de US$ 27 bilhões, durante o Fórum Brasil-China, em Pequim.
A pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, setores das economias nacional e chinesa, o encontro é realizado, nesta segunda-feira (12), como o mais importante dos últimos anos. "A China é o mais importante parceiro comercial do Brasil. O fluxo de comércio é de US$ 160 bilhões com a China, que hoje é o objeto de desejo para muitos produtos do mundo, por conta do volume de suas importações. O Brasil é um parceiro extraordinário... Os presidentes Lula, que agora preside os BRICS, e Xi Jinping, criaram um abiente de negócios de mão dupla", afirmou.
Play Video
Viana detalhou que serão anunciados mais de US$ 27 bilhões em investimentos de empresas chinesas no Brasil, além da abertura de novos mercados da China para produtos brasileiros.
Questionado sobre o projeto da Ferrovia Biocêanica, Viana destacou que o projeto é fundamental para a eficiência do escoamento de mercadorias do Brasil e da América do Sul para o mercado chinês e asiático mais amplamente.
FERROVIA BIOCÊANICA - Segundo Viana, a América do Sul será beneficiada pela alternativa ao Canal do Panamá, com suas empresas ampliando o acesso ao vibrante mercado asiático.
Segundo Viana, o projeto da ferrovia, chegando ao Porto de Chancay, no Peru, cria "uma alternativa ao Canal do Panamá" menos danosa ao meio ambiente e que se adequa às condições da Amazônia.
"Os chineses querem financiar essa ferrovia já faz alguns anos", afirmou.
Segundo Viana, o encontro representa uma nova fase nas relações entre Brasil e China, em um contexto de tensões comerciais desencadeadas pelos Estados Unidos. "A maior economia do mundo tensiona o planeta com tarifas e barreiras. Aqui ocorre um crescimento num mar tranquilo, com base na cooperação e no multilateralismo. Para os negócios, é tudo que uma pessoa quer", afirmou.
O Fórum Brasil-China é organizado pela Apex Brasil e chega a sua 15ª edição.
Por brasil247.com