Roteiro está pronto: Márcio Bittar prefeito da capital, Petecão governador e Flaviano senador em 2014; Gladson Cameli é rifado
Há seis meses das eleições e há três meses das convenções partidárias, um cavalo grego ameaça atropelar Tião Bocalon, que não é unanimidade nem mesmo dentro do seu partido, o PSDB. A rasteira tem um líder: o deputado federal Márcio Bittar, presidente da Executiva Estadual tucana e, indisfarçavelmente, interessado na sucessão municipal. PMDB e PSD comporiam o novo desenho da oposição com pretensões de tomar o governo em 2 anos e fazer a segunda vaga no Senado.
O senador Sérgio Petecão é consenso para o Governo do Acre, enquanto a cadeira de senador teria postulante único: o deputado federal Flaviano Melo (PMDB).
O roteiro da nova oposição no Acre é costurado em Brasília e sequer leva em conta o seu mais novo aliado, o deputado federal Gladson Cameli (PP), dissidente da Frente Popular na esperança de ser escolhido o único candidato ao senado em 2014.
A reviravolta é confirmada por pré-candidatos do PSDB, que avisam: os três parlamentares já planejam destituir as executivas municipais e trazer de volta o PPS, ex-partido de Bittar. Os apoiadores de Bocalom acreditam que as articulações estariam acontecendo porque a estrutura da prefeitura não poderia ser usada para bancar financeiramente a candidatura da oposição ao Governo do Acre caso ele seja eleito prefeito.
A decisão de tentar uma nova formação de chapa dos partidos de oposição teria saído de uma sondagem realizada com os partidos de oposição, que mostra que as legendas apoiariam Márcio Bittar caso ele fosse o candidato do PSDB.
Neste caso, Bocalom, que lançou-se publicamente com a presença do senador Aécio Neves e José Serra, pode sofrer o vexame de ser desautorizado pelo próprio partido a disputar a cadeira hoje ocupada por Raimundo Angelim (PT).
Desarticulando pré-candidato tucano em Tarauacá
A primeira baixa entre os pré-candidatos do PSDB poderá acontecer no município de Tarauacá. Paulo Ximenes, que recebeu apoio do PP para se lançar candidato a prefeito, não deve resistir ao plano da oposição e ser destituído da presidência da executiva municipal tucana, sendo obrigado a retirar seu nome para o PSDB apoiar a reeleição da candidata do PSD.
O dirigente partidário diz que tomou conhecimento dos procedimentos da executiva estadual e disse que vai esperar o comunicado oficial do PSDB. Ximenes afirmou ainda que sua pré-candidatura não seria obra do acaso, mas faria parte de um acordo assinado na executiva nacional sobre o lançamento de possíveis candidaturas do partido no Acre.
“Fui informando desta manobra. Não sei qual seria a motivação desta decisão, mas para destituir uma executiva municipal é preciso das assinaturas do presidente regional [Márcio Bittar] e do primeiro secretário [Tião Bocalom]. O presidente do PSDB teria que justificar quais os motivos para a destituição”, diz Paulo Ximenes.
Ray Melo,
da redação de ac24horas