CCJ aprova correção do piso de professor pelo INPC e pelo Fundeb



 A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou nesta terça-feira o substitutivo
 do Senado ao Projeto de Lei 3776/08, do Executivo, que estabelece nova regra para o reajuste do
piso salarial nacional dos professores da educação básica da rede pública – atualmente de R$ 1.187,97,
 por mês, para 40 horas semanais. O texto segue agora para votação em Plenário.
O substitutivo mantém o reajuste do piso atrelado à variação do valor mínimo por aluno no Fundeb e
acrescenta que o aumento não poderá ser inferior à inflação acumulada nos últimos 12 meses, conforme
 o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O reajuste também deixa de ser feito em janeiro e
passa para maio. A mudança  da data-base ocorreu porque , muitas vezes, o valor por estudante no
Fundeb só é consolidado em abril do ano seguinte.
O relator na CCJ, deputado Esperidião Amin (PP-SC), votou pela constitucionalidade da proposta,
destacando que ela é importante porque “nacionaliza o piso dos professores e preserva a carreira do
magistério”. Amin observou, porém, que o projeto tem uma falha: carece de dispositivo para penalizar
o administrador que desrespeita o piso salarial – problema que vem ocorrendo em oito estados da
Federação. Essa falha, contudo, lembrou o relator, não poderia ser corrigida pela CCJ, pois o colegiado
 não examinou o mérito da matéria. Atualmente, a lei 11.738/08 prevê que o piso será atualizado no mês
 de janeiro no mesmo percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno no Fundeb. O governo
 propôs a mudança para o reajuste pela variação do INPC no ano anterior, mantendo o aumento em
janeiro. Essa regra foi aprovada inicialmente pela Câmara, mas o Senado alterou o texto. Em razão da
mudança, a proposta voltou para a Câmara, que fará a última análise antes da sanção ou veto presidencial

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